Como escolher sua especialidade da Residência Médica

E aí galera, como estamos por aí? Hoje vamos falar de um assunto que deixa muitos acadêmicos ansiosos quando vai chegando o final do curso: a escolha da especialidade da Residência Médica.

Ao longo da graduação, passamos por várias especialidades. Nos apegamos a algumas, não gostamos de outras, mas sempre tem aquelas que fazem nossos olhos brilharem.

Porém, ainda sim, achamos difícil bater o martelo, afinal, estamos escolhendo algo que iremos trabalhar pelo resto de nossa carreira médica. 

Pensando nisso, aqui vão alguns pontos a serem colocados na balança para ajudar na sua decisão e você chegar ao veredicto final!

 

1. Conheça o perfil de pacientes da especialidade da residência

 

Criança, gestante, idoso…paciente mais  exigente x paciente mais tranquilo.

Vários são os perfis de pacientes que você pode ter que lidar no dia a dia. Por isso é necessário levar em consideração aquele que você tem maior facilidade de trabalhar.

É preciso pensar que alguns desses pacientes precisam de uma atenção mais contínua, como por exemplo gestantes perto do trabalho de parto; mães de recém nascidos; pacientes de pós-operatório recente. Por isso, o trabalho pode se estender além do consultório e você deve estar ciente em relação a isso.

Logo, saber o tipo de paciente com o qual você quer estabelecer uma relação médico x paciente de confiança é importantíssimos para que se tenha uma realização pessoal e profissional

 

2. Prognóstico das doenças comuns da especialidade da residência

 

Eis aqui outro ponto que deve ser colocado na balança! Você quer trabalhar com doenças de caráter mais resolutivo ou mais crônico? Você tem estabilidade emocional para pacientes com prognóstico ruim ou sob cuidados paliativos? 

Essas são questões que devem ser respondidas antes de você fazer sua escolha da especialidade da Residência Médica. 

Especialidades mais ambulatoriais tendem a acompanhar os pacientes a longo prazo, como por exemplo a cardiologia com pacientes hipertensos ou a endocrinologia com os diabéticos.

Já nas especialidades cirúrgicas os pacientes são mais pontuais, como uma mulher que quer colocar prótese de mama, ou um homem com cálculo renal. A cirurgia é feita e pronto! O paciente volta poucas vezes para ter acompanhamento.

Por isso, conheça as doenças mais prevalentemente atendidas e as atuações da especialidade, e veja se isso vai de encontro com suas expectativas e preferências.

 

3. Sua demanda financeira

 

Aquela mentalidade de que todo médico é rico deve ser abolida dos pensamentos de hoje. O profissional bem sucedido é aquele que se destaca na área  que quer atuar, por isso sua escolha não deve ser norteada pelo retorno financeiro.

Porém, não sejamos hipócritas! Esse fator tem sim um peso considerável nas escolhas, e é fato de que especialidades médicas que agregam procedimentos acabam somando um montante maior ao final do mês.

Mas não se esqueça: qualquer especialidade que você escolher, você tem que se diferenciar, se destacar dos demais! Dessa forma, o sucesso vem, pode acreditar.

 

4. Local onde você quer morar

 

Algumas especialidades demandam um complexo tecnológico para sua atuação. Por isso, é preciso refletir, caso você queira morar no interiorzão, se aquela profissão é reproduzível naquela cidade.

Grandes cirurgias robóticas, por exemplo, você só conseguirá exercer seu trabalho em cidades grandes que dispõem dessa tecnologia. E muitas vezes a concorrência nesses locais é ainda maior, logo, maior será o esforço exigido de você.

Agora uma pediatria, pode muito bem ser exercida em uma cidade de poucos mil habitantes, e você sendo ali o único profissional disponível ter um alto retorno financeiro.

Então, ao escolher sua residência, já tenha consciência de onde pretende morar e construir sua carreira. Se você ainda tem dúvidas se vale a pena mudar de cidade para essa jornada, olha só esse post: Vale a pena se mudar pra residência?”.

 

 

5. O que você gosta de estudar

 

A medicina é uma ciência em constante atualização! Então você deve praticar uma medicina que você se interesse e tenha paixão em aprender mais e mais sobre o assunto.

Mas cuidado! Não é porque você gosta muito sobre uma das matérias daquela especialidade, que aquilo será sua rotina todos os dias.

Você deve se abrir para o contexto geral daquela profissão e ver se você se identifica e se gosta de estudar aqueles assuntos.

 

6. Rotina da especialidade da Residência Médica

 

Um dos mais importantes, sem dúvidas! Conhecer a rotina da especialidade que você deseja, é conhecer a sua rotina futuramente, por isso tão relevante na escolha definitiva. 

Muitas vezes fantasiamos algo em nosso imaginário, ou acompanhamos tão brevemente no internato que não fica claro as possibilidades que uma especialidade pode atuar e fazemos uma generalização errada.

Cardiologia, por exemplo. Achamos que é tratamento de hipertensão e pronto. Mas a especialidade vai muito além disso: tem a parte da hemodinâmica, a área dos exames complementares – como ecocardiograma e holter, a atuação nas enfermarias hospitalares.

Por isso, é legal explorar o mar de possibilidades que cada especialidade oferece e não cair no estereótipo que é criado, muita das vezes.

 

 

Então é isso, pessoal! Tentem fazer algum estágio, acompanhar algum médico da especialidade médica que vocês desejam seguir através da residência. Assim, vocês terão uma confiança maior de que é aquilo que esperam para a vida profissional de cada um.

E se dúvidas sobre residência ainda persistem, não deixe de ler mais alguns posts que podem te ajudar nessa decisã0:

 

 

Espero que tenha ajudado!

 

 

Abraços,

 

Dani Brito 

 

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